Devo confessar, eu realmente achei que estava preparada para “Sua Culpa”, mas essa sequência conseguiu me surpreender — só que talvez não pelos motivos que eu gostaria. Enquanto a trama entrega algumas doses de tensão, dramas familiares e um toque de romance tóxico, ela também tropeça em vários clichês e escolhas narrativas que poderiam ter sido mais bem desenvolvidas. Mas calma, vou te contar tudo direitinho!
Contexto
Depois de “Minha Culpa”, lançado no ano passado, continuamos acompanhando Noah (Nicole Wallace) e Nick (Gabriel Guevara), um casal que começou com aquela famosa trope “haters to lovers” e agora enfrenta os desafios da vida universitária e adulta. Noah está tentando se adaptar à faculdade, enquanto Nick trabalha ao lado do pai — porque ele mereceu!!!
A promessa aqui era de uma trama mais madura, com novos conflitos e personagens, mas o que temos são cenas quentes em excesso (e meio deslocadas), muitos dramas empilhados e pouca resolução. Parece que eles tinham muita coisa pra contar em pouco tempo de tela, o que eu sei que geralmente acontece em adaptações literárias, mas ainda assim, tem muito drama pra pouco filme.
O filme adiciona personagens novos, como Briar, a colega de quarto misteriosa de Noah, que desde o começo parece que tem um papel importante na trama (e realmente tem), Sofia, o “quase” triângulo amoroso do Nick, uma advogada bonitona que parece uma deusa grega, que foi colocada ali para distanciar Nick e Noah, e o retorno da mãe de Nick, que traz revelações grandiosas (mas nem tanto). Apesar de tantas reviravoltas, o tempo de tela parece insuficiente para dar o devido peso a cada uma dessas histórias.
Ah, e sobre o final? Temos um gancho gigante para o terceiro filme, que segundo a CNN, já foi gravado, está em pós produção, mas a Prime Video ainda não divulgou a data de lançamento.
Desenvolvimento da História e Personagens
Se você estava esperando um aprofundamento emocional entre Noah e Nick… bem, talvez precise ajustar suas expectativas. As primeiras cenas já deixam claro que o relacionamento deles é muito mais físico do que emocional, o que acaba enfraquecendo o impacto dos conflitos que surgem mais tarde. Porque, sinceramente? Uma conversa e terapia poderiam ter resolvido muitos dos problemas apresentados nesse filme. Fora que a própria atriz que interpreta Noah, comenta que se ela tivesse focado em si mesma, se não tivesse deixado de lado sua autoestima pelo Nick, e amado “incondicionalmente”, talvez suas atitudes teriam sido diferentes.
Nick, que no livro é obcecado pela Noah, aqui parece desinteressado em momentos cruciais, por exemplo, quando apresenta sua nova casinha deixada de herança pelo vô, e a Noah pensa que eles vão morar juntos, mas ele dá pra trás. Segundo alguns comentários de pessoas que leram os livros, o Nick das páginas estava doidinho pra morar com Noah, coisa que no filme não é demonstrado nem um pouquinho.
A introdução de Sofia como possível rival amorosa e o mistério em torno de Briar são boas ideias, mas a execução é apressada, até porque parece que, por exemplo, no caso de Sofia, ela realmente já estava sentindo algo por Nick, o que deixa a personagem meio jogada ali, já que ele nunca teve nenhum interesse por ela (além de ter sido um babaca e ter se engraçado com ela, talvez só pra deixar Noah com ciúmes).
Algumas cenas que deveriam ser impactantes, como a conversa sobre um segredo do passado de Briar, acabam soando banais devido à falta de informações.
Noah, por outro lado, brilha em suas interações com Jenna, sua melhor amiga, e Lion, namorado de Jenna. Essas cenas são leves, divertidas e trazem a sensação de uma amizade genuína. As melhores cenas pra mim do filme são as que eles apareceram, tanto na parte do romance entre Jenna e Lion, como a cena da corrida, em que Noah e Jenna correm juntas.
Roteiro e Direção
Domingo González, que também dirigiu o primeiro filme, parece ter se perdido um pouco na tentativa de condensar tantas tramas em menos de duas horas. A sensação é de que tudo foi jogado na tela sem um planejamento claro de como amarrar as pontas soltas. E esse fluxo só foi (em partes), recuperado no final do filme, deixando um gancho para o terceiro.
As cenas de ação, como a corrida ilegal, ainda conseguem trazer uma adrenalina bacana, mas não compensam os diálogos fracos e as motivações rasas. Fora que assim, a cena da briga deles com a gangue é FEIA DEMAIS, eu sei que é um filme teen, mas mesmo assim, ela parecia retirada de um filme de comédia.
Minhas Impressões
Olha, não posso dizer que o filme foi uma total perda de tempo. Algumas cenas são realmente cativantes, e a dinâmica entre Noah e Jenna foi um dos pontos altos para mim. Mas no geral, “Sua Culpa” parece mais uma salada de dramas do que uma sequência coerente.
É aquele tipo de filme que você assiste sabendo que não é bom, mas que, de alguma forma, ainda te prende (mesmo que seja só pela curiosidade de como a história vai terminar no terceiro filme).
Se eu fosse dar uma nota… 1,5/5 estrelas. Ainda quero ver o desfecho, mas minhas expectativas estão bem baixas.
Ah, e se você ficou curioso para saber mais detalhes sobre o que achei enquanto assistia, eu fiz um vlog bem divertido no YouTube, comentando o filme em tempo real! Tem as minhas reações sinceras, uns surtos leves, e muito mais. Então, se você gosta desse tipo de conteúdo, dá uma olhada:
Espero que vocês curtam, e não esqueçam de me contar nos comentários do vlog o que vocês acharam do filme também.
Tchau, tchau!
Howdy só queria te dar um aviso rápido. O palavras no seu artigo parece estar saindo da tela no Opera.
Não tenho certeza se isso é um problema de formatação ou
algo a ver com a compatibilidade do navegador, mas eu imaginei que postaria
para te avisar. O estilo e design parecem ótimos!
Espero que você consiga resolver o questão em breve. Many thanks
aaaah, muito obrigada pelo comentário! vou conferir aqui <3